Briga da Ferrari

Tempos dificeis para a senssação das pistas de formula 1.
Nossa vermelhinha em briga,acaba perdendo.

Os treinos livres para o GP de Mônaco, sexta etapa do Mundial de Fórmula 1, movimentam a quinta-feira nas ruas do Principado – mais uma particularidade da prova – e, se para boa parte das equipes trata-se do palco ideal para desafiar a hegemonia da Brawn, mais uma vez os aspectos extrapista ganham importância redobrada. O xadrez político da categoria voltou a ficar abalado ontem com a sentença do Tribunal de Grande Instância da França contra a ação impetrada pela Ferrari, solicitando a suspensão do teto orçamentário adotado pela Federação Internacional de Automobilismo (FIA) para os novos times em 2010.

A escuderia italiana alega ter poder de veto às decisões técnicas da categoria e argumenta que a medida criaria, na verdade, dois campeonatos distintos em um só, ao proporcionar vantagens para quem limitar os gastos a 40 milhões de libras (cerca de R$ 128 milhões) anuais.

No entender da Justiça francesa, a Ferrari não exerceu o direito a veto nas duas reuniões do Conselho Mundial da FIA que discutiram as mudanças. A sentença alimentou ainda mais a guerra e a troca de farpas entre as equipes (Renault, Toyota, Red Bull e Toro Rosso também ameaçam deixar a competição) e a entidade. Um comunicado do time de Maranello chegou a ironizar a lista de times que, segundo a FIA, estariam interessados em disputar a F-1 (USF1, Lola, Wirth Research, Formtech, Epsilon Euskadi, Campos e Isport). “Nossos funcionários ficaram chocados ao ver os nomes, todos sem qualquer apelo. Pode um campeonato com times assim, com o devido respeito – ter o mesmo valor da F-1 atual, cuja história a Ferrari e as principais montadoras ajudaram a construir? Parece mais uma GP3”, afirma a nota.

“Nenhum competidor pode pôr seus interesses acima daqueles do esporte. Vamos continuar trabalhando com as equipes e os parceiros comerciais em busca de uma solução de consenso”, comentou o presidente da FIA, Max Mosley, demonstrando-se despreocupado com a ameaça da Ferrari de abandonar a F-1. O prazo para que as escuderias apresentem seus pedidos de inscrição para a próxima temporada se esgota dia 29.

Erro Motivado para o fim de semana, Felipe Massa admitiu ontem que um problema na telemetria da Ferrari o levou a economizar combustível desnecessariamente nas voltas finais do GP da Espanha, perdendo o quarto e o quinto lugares. Segundo ele, no reabastecimento final, a máquina apresentou sinais de erro, mas pôs no tanque do carro 4 gasolina suficiente para completar a corrida. “Tínhamos o combustível no carro, mas a leitura deu números errados. Talvez eu tenha economizado para nada.”